Num raro dia de sol nesse feriado longo de Carnaval, escolhi caminhar pela Orla da Barra da Tijuca. Era bem cedo mas algumas pessoas já passavam para encontrar algum bloco que certamente passaria. Eu em direção contrária . Caminhando, pude observar o mar, pessoas chegando, vendedores de mate e biscoito indo e vindo… mas de repente, atrás de mim, me chamou atenção a conversa de um casal. Ela perguntava se o amor que ele tinha por ela era na mesma proporção que a quantidade dos grãos de areia de toda praia da Barra. Ele, rapidamente, respondeu que a amava multiplicado pelos grãos de areia da praia do Recreio. Ultrapassaram-me e ainda pude ouvir ela o questionando: porque não multiplicado pelos grãos de areia de toda a praia do Rio de Janeiro?
A demanda do Amor parece insaciável em algumas situações, o que sabemos é que o véu da fantasia do amor nos faz apostar na relação, mas a aposta em algum momento tem que ser redirecionadas para cada situação. Acreditamos que exista esse tudo do amor, mas a realidade nos aponta outra direção, a direção da aposta no amor e no ser amado. E numa aposta não ha certezas, ha desejo.
Minha proposta aqui é suscitar o melhor do amor, que ao mesmo tempo suscita o que temos de mais precioso em nós. É perceber que as demandas em alguns momentos são diferentes sim, e isso nao pode ser bom?!
Testando